Mensagem Diária 17 11 2025

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Reflexão

Há momentos em que o ser humano contende com Deus — reclama, debate, questiona, exige respostas imediatas. Jó 33:13–14 revela o motivo de tanto desencontro: Deus fala, mas nem sempre ouvimos. Ele fala “uma e duas vezes”, de diversas formas, mas a ansiedade, o ruído interior e as expectativas moldadas pelas nossas dores impedem que percebamos Sua voz.

A questão, então, não é a ausência de resposta divina, mas a nossa incapacidade de escutá-Lo. O silêncio que interpretamos como abandono, muitas vezes, é apenas uma pausa pedagógica, na qual Deus nos ensina a discernir.

Apocalipse 2:7 completa essa ideia dizendo:

“Quem tem ouvidos, ouça.”

Ou seja: ouvir Deus exige disposição, humildade e sensibilidade espiritual. E mais: há uma promessa para quem persiste, para quem “vence” essa batalha interna de ansiedade, rebeldia e incredulidade. Vencer não é eliminar o sofrimento, mas permanecer fiel enquanto ele existe, confiando que Deus está falando — ainda que de forma sutil.

E a recompensa dessa perseverança é mais do que alívio: é vida. A árvore da vida é símbolo de restauração, plenitude, sentido — exatamente o que perdemos quando tentamos lutar contra Deus ao invés de caminhar com Ele.

Por fim, Apocalipse 21:5 encerra o ciclo com a promessa maior:

“Eis que faço novas todas as coisas.”

Ou seja, quando aprendemos a ouvir em vez de contender, Deus revela o que sempre esteve preparando: renovação. Não apenas mudança superficial, mas uma transformação que atinge a essência da vida — propósito, identidade, futuro.


Em resumo

  • Contendemos com Deus porque esperamos respostas do nosso jeito.

  • Ele fala, mas não atentamos.

  • Quem aprende a ouvir, vence.

  • Quem vence, recebe vida.

  • E no final de tudo, Deus renova todas as coisas.



ESBOÇO PARA ESTUDO TEOLÓGICO

Tema: “Por que contendemos com Deus? A voz divina, a perseverança dos santos e a renovação final.”


I. INTRODUÇÃO

  1. Contexto geral:

    • O livro de Jó e o problema do sofrimento e da comunicação divina.

    • As cartas às igrejas em Apocalipse e o chamado à escuta espiritual.

    • A visão escatológica da renovação cósmica em Apocalipse 21.

  2. Questão central do estudo:

    • Por que razão o ser humano contende com Deus, se Ele fala e age constantemente?

  3. Propósito:

    • Entender a dinâmica da voz divina.

    • Refletir sobre a postura correta do crente diante do silêncio aparente de Deus.

    • Conectar a escuta espiritual com a perseverança e a esperança escatológica.


II. A TENDÊNCIA HUMANA DE CONTENDER COM DEUS (Jó 33:13)

  1. A luta interna do ser humano diante do sofrimento.

    • Jó como paradigma da crise espiritual.

    • O impulso natural de exigir explicações de Deus.

  2. A queixa divina: “Por que contendes comigo?”

    • O questionamento de Eliú.

    • Não compreender os caminhos de Deus → gerar conflito espiritual.

  3. A limitação humana diante do mistério divino.

    • A sabedoria de Deus vs. a finitude humana.

    • Textos correlatos: Is 55:8–9; Rm 11:33.


III. A VOZ DE DEUS QUE NÃO É PERCEBIDA (Jó 33:14)

  1. Deus fala repetidas vezes.

    • Formas da fala divina:

      • Palavra revelada (Escritura)

      • Consciência

      • Eventos e circunstâncias

      • Correção, disciplina, sonhos, advertências

  2. O problema não é Deus falar, mas o homem não atentar.

    • Surdez espiritual.

    • Distrações e ruídos da alma.

    • Textos correlatos: Hb 1:1–2; Sl 19; Jo 10:27.

  3. Implicações teológicas:

    • A revelação é contínua no sentido da ação divina.

    • A necessidade da espiritualidade da atenção.


IV. O CHAMADO CRISTÃO À ESCUTA E À PERSEVERANÇA (Ap 2:7)

  1. “Quem tem ouvidos, ouça”: a exigência da disposição.

    • O ouvir como ato espiritual.

    • Condição para compreender a vontade de Deus.

  2. “Ao que vencer…”: escutar é vencer.

    • A perseverança diante da adversidade.

    • A luta contra a incredulidade, ansiedade e resistência à voz divina.

  3. A recompensa: árvore da vida.

    • Significado teológico da árvore da vida.

    • Conexão com Gênesis e com o novo Éden.

    • Vida plena e comunhão restaurada.


V. A PROMESSA DE RENOVAÇÃO TOTAL (Ap 21:5)

  1. Deus como o Renovador.

    • A obra final da redenção.

    • A criação recriada.

  2. Quando aprendemos a ouvir, vemos a renovação.

    • A escuta prepara para a transformação.

    • Deus não renova apenas circunstâncias, mas o ser.

  3. Dimensões da renovação:

    • Individual (nova vida em Cristo)

    • Comunitária (igreja renovada)

    • Cósmica (novo céu e nova terra)


VI. CONEXÃO TEOLÓGICA ENTRE OS TRÊS TEXTOS

  1. Jó → problema da surdez espiritual.

  2. Apocalipse 2 → chamado à escuta e perseverança.

  3. Apocalipse 21 → resultado final: renovação plena.

  4. Linha teológica:

    • Deus fala → o homem resiste → Deus chama à escuta → quem ouve vence → quem vence entra na renovação eterna.


VII. APLICAÇÕES PRÁTICAS

  1. Como ouvir Deus hoje?

    • Vida devocional disciplinada.

    • Silêncio e atenção.

    • Obediência imediata.

  2. Como vencer a tendência de contender com Deus?

    • Confiança em meio ao inexplicável.

    • Submissão ao tempo de Deus.

    • Busca de maturidade espiritual.

  3. Como viver à luz da renovação futura?

    • Esperança ativa.

    • Santidade.

    • Missão.


VIII. CONCLUSÃO

  1. Deus fala — sempre falou, sempre fala.

  2. O desafio do crente não é fazer Deus falar, mas ouvir.

  3. Quem escuta vence; quem vence vive.

  4. E quem vive em Deus participa da renovação final, onde todas as coisas são feitas novas.



Devocional – “Quando Deus Fala e Nós Não Ouvimos”

Jó 33:13–14 • Apocalipse 2:7 • Apocalipse 21:5

Leitura Bíblica

“Por que razão contendes com Ele, sendo que não responde acerca de todos os seus feitos? Antes Deus fala uma e duas vezes; porém ninguém atenta para isso.”
(Jó 33:13–14)

“Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas...”
(Apocalipse 2:7)

“Eis que faço novas todas as coisas.”
(Apocalipse 21:5)


Reflexão para o Dia

Há momentos em que nossa alma parece travar um debate silencioso com Deus. Questionamos, argumentamos, exigimos respostas rápidas. Contendemos, como se Deus tivesse a obrigação de explicar cada detalhe do que faz ou permite.

Mas Jó 33 revela algo desconfortável e libertador ao mesmo tempo: o problema não é Deus não falar; o problema é que não ouvimos. Ele fala “uma e duas vezes”, mas nossas emoções, expectativas e ruídos internos abafam Sua voz.

A maior parte das respostas que procuramos já está sendo dita — só que não estamos atentos.

Apocalipse 2:7 reforça essa realidade com um convite claro:
“Quem tem ouvidos, ouça.”
Ou seja, não basta ter capacidade física de ouvir; é preciso inclinar o coração, silenciar por dentro, prestar atenção. Ouvir Deus é uma escolha diária, não um acaso espiritual.

E quando essa escuta se torna real, algo poderoso acontece: vencemos.
Vencemos a ansiedade que grita, vencemos o ego que contende, vencemos a pressa que distorce o tempo de Deus. E a quem vence, Deus promete vida — vida plena, vida que alimenta, vida que restaura.

Apocalipse 21:5 nos dá a conclusão:
Deus renova tudo.
Tudo o que hoje parece confuso, pesado ou silencioso está nas mãos de um Deus que transforma, restaura e recomeça.


Aplicação Prática para Hoje

  • Observe em quais áreas você tem “contendido” com Deus.

  • Pergunte-se: O que Ele já falou e eu ainda não atentei?

  • Reserve um momento de silêncio ativo, sem tentar dominar a situação — apenas ouvir.

  • Caminhe o dia confiando que Deus está renovando o que você ainda não consegue ver.



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